segunda-feira, novembro 28, 2005

Carica Tours - Separados à nascença


George Best morreu na sexta-feira passada. Lembrei-me logo de Vítor Baptista, tantas são as semelhanças. Ambos de origens humildes e periféricas (Setúbal e Belfast), ambos geniais na arte de tratar a bola, ambos com um ego maior que o mundo. Jogaram em equipas de topo, as maiores dos seus países, ganharam muitos títulos, faltando apenas a Vítor um título europeu que o coroasse definitivamente como ‘O Maior’, alcunha que ele deu a si próprio. Curiosamente, a vida de Best cruzou-se em momentos especiais com o Benfica: a melhor exibição de Best de sempre, de acordo com os especialistas, foi contra o Benfica, na Luz, em 1966 quando ele transportou o Man. Utd. às costas na primeira derrota caseira para as competições europeias do Benfica (5-1), e em 1968, na final de Wembley, Best marcou um golo na primeira conquista inglesa de uma competição europeia (4-1, após prolongamento). No final da carreira jogaram na mesma equipa (não em simultâneo, creio) em Los Angeles, treinados por António Simões. Dessa equipa, duas histórias ficaram: a equipa de Los Angeles estava no Aeroporto pronta seguir viagem para um jogo noutra cidade, mas faltava George Best.. A equipa seguiu sem ele. Quando chegaram ao destino o presidente do clube ligou a Simões, dizendo que tinha encontrado Best: tinha-se embebedado até entrar em coma alcoólico e estava internado num hospital. Quanto a Baptista, abandonou o clube depois de poucas semanas. Quando chegou a Lisboa, perguntaram-lhe o que se tinha passado: “O ordenado era bom, o carro também [um Corvette vermelho, que tinha exigido], mas a mulher que me arranjaram tinha 42 anos, e isso não pode ser” explicou. Os excessos de ambos destruíram-nos. Aquele que disse ao jornal ‘A Bola’ “Sou o melhor jogador português de sempre” (“Então e Eusébio?” “Muitas bolas lhe deu eu…”) acabou como coveiro e morreu a 1 de Janeiro de 1999, na cama de onde não se levantava há meses. Chorava a ver futebol na televisão, recordando os seus dias de glória. Best sofria de cirrose hepática, e ficou sem fígado. Após meses de internamento, o médico disse na quinta-feira passada que duvidava que ele sobrevivesse mais 24 horas. Não se enganou. Partiram os dois génios, ficou a arte estampada nas fotos, em filme (a televisão não era o que é hoje) e na memória dos que os viram jogar. Não tive esse prazer. Acho que estes dois serviram de exemplo para as novas gerações: jogadores geniais como Beckham ou Figo orientaram as suas vidas de modo a não acabarem como eles, por exemplo. Grandes farras estarão eles a fazer neste momento, lá, onde quer que eles estejam.

sexta-feira, novembro 25, 2005

Carica Tours - A Inquisição Portista

segunda-feira, novembro 21, 2005

Alitália? Fónix...

A saga da desorganização italiana vem desde tempos remotos. Em toda a história há registos de como os italianos são uma cambada de preguiçosos, vaidosos e incapazes. O Império Romano caíu porque os escravos foram-se embora e nenhum romano sabia fazer nada de nada. Há uns anos cobriram o Coliseu de andaimes para tirarem quase dois mil anos de ruço e sebo. Sete anos depois, nada estava limpo. O escândalo foi grande, mas resolveram tirar os andaimes e apenas uns metritos da fachada estão limpos. Os correios italianos são para esquecer e em Roma quem tem dois dedos de testa serve-se dos correios do Vaticano, gerido por suíços. Mas a Alitalia bate tudo aos pontos. Os aviões são uns charutos velos, verde-flourescente, a caír de podre. Alcatifas rasgadas no chão, bancos partidos e que estalam cada vez que fazemos um pouco mais de pressão nas costas, pessoal de bordo desalinhado e antipático, e o pior de tudo, não são capazes de fazer um check-in em condições. A história que vos vou contar aconteceu-me ontem em Fiumicino, o aeroporto que serve Roma. Chegámos (eu e a minha cara-metade) uma hora e meia antes do voo, tempo suficiente para fazer o check-in, comer qualquer coisa e embarcar. Acontece que, nos painés informativos, estava anunciado o balcão 208 para fazer a referida operação para o voo de Lisboa e mais meia dúzia deles, todos anteriores ao nosso. Como qualquer pessoa civilizada, fomos ver o balcão e tinha uma bicha enorme de alemães que iam para Munique. Pensámos que ainda era cedo para o nosso voo. Comemos uma sandocha horrível e voltámos. Agora, a fila era para Madrid. Mas de repente ouvi que também era para Amsterdão... e Milão!! O que se passava? Muito simples. Os imbecis, em vez de terem um ou dois balcões abertos para cada voo, tinham seis balcões que faziam o check-in para quatro ou cinco voos à balda. E para piorar, eramos os únicos naquela fila para Lisboa. Por pouco, a má informação e desorganização italiana nos iam fazendo perder o voo. Tentámos fazer o check-in, a tipa deu-nos um bilhete provisório, porque já era tarde para imitir o bilhete dali. Tinhamos que ir a correr para outro balcão para nos emitirem o bilhete, para depois irmos a correr outra vez para a porta de embarque (do outro lado, ou seja, passamos novamente pelo balcão 208) porque estavam à nossa espera. Corremos que nem umas bestas para chegarmos à porta de embarque e depararmos com ela fechada, não porque fosse tarde, mas simplesmente porque sim. Nós e mais outros compatriotas (talvez quinze) esperámos cerca de cinco minutos que aparecesse alguém. Apareceu uma hospedeira que, assim que viu a fila, virou-se de costas, pegou no telefone e durante um quarto de hora ignorou-nos. Quando nos dirigiu a palavra, foi para nos tratar como gado. Mandou-nos entrar e esperar dois metros mais adiante e ai daquele que passase a linha imaginária que ela projectou (apenas na mente dela). O curioso é que se fossemos trinta centímetros mais adiante, não iamos parar a lado nenhum na mesma. Já dento do avião reparamos queos nossos bilhetes não eram um ao lado do outro, ou melhor, eram mas separados pelo corredor. Menos mal, pensámos nós, tendo em conta o check-in tardio, mas quando o avião fechou as portas e se fez à pista vimos que haviam cerca de dez banco triplos vazios... Porque é que não nos meteram num deles? Não sei. Mas saímos do nosso lugar e fomos para outro banco, onde pudessemos ficar um ao lado do outro. Quando o avião começou a rolar, o capitão disse que teríamos de aguardar meia-hora antes de termos autorização para descolar... E ainda nos disseram que estávamos atrasados. Eles é que o são. Alitalia, nunca mais!!

Ah, minha rica Lisboa

Cheguei à pouco de Roma e digo-vos que prefiro Lisboa. Não questiono a comparação monumental do Coliseu, o Palatino, o Vaticano e etc. e tal, mas continuo a gostar mais de Lisboa. Para começar, não temos hordas de invasores japoneses a acotovelarem-nos para nos passarem à frente e tirarem fotos a tudo. Depois não temos três dúzias de quéfrô por praça, aí temos um limite de dois ou três. Já para não contar com as ruas e monumentos mal iluminados. Os autocarros estão em eminente desintegração, a cor original das carruagens do metro desapareceu à muito sob diversas camadas de grafittis, mas o que mais me danou foi a desorganização geral à italiana (mais à frente haverá outro 'post' só para este tema). O café faz juz ao nosso termo 'italiana'. Um expresso são apenas duas ou três gotitas de uma viscosidade cujos cor e aroma lembra vagamente o café. E são uns aldrabões de primeira. Tiveram a lata de me dizer na cara que o pior terramoto que alguma vez atingiu a Europa foi o que destruiu a metade sul do Coliseu. Se tivesse sido metade do de Lisboa, já não havia Coliseu, ó otários.

quinta-feira, novembro 10, 2005

Oh! Oh! Oh!


Épá! Estamos a chegar ao Natal!!!!!! Que bom, que festa! Que alegria. Com tantos motivos para festejar; os ordenados vão aumentar, nem o Soares nem o Cavaco vão ser candidatos a Belém, O Sporting vai ter o Paulo Bento como treinador (eheh, esta é verdade). E o Pai Natal vai trazer prendas para os meninos e...e... pois. O pobre bastardo de barbas não vai voltar a Portugal. É pena. Mas a história da Casa Pia ainda anda por ai e o desgraçado apesar de ilibado gastou demasiado dinheiro no processo. Portanto nada de prendinhas...

quarta-feira, novembro 09, 2005

A profissão de futuro

Li há dias uma reportagem sobre uma profissão altamente desvalorizada a nível comercial e difamatória, mas cuja relevância na sociedade moderna se afirma cada vez mais e torna-se quase imprescindível usufruir do trabalho desses artistas. Falo, como alguns já adivinharam, de Sonoplastia Pornográfica. Vocês sabiam, que nesta indústria tal como no cinema 'comercial', a sonoplastia não passa de um enorme 'efeito especial'? Eu já desconfiava, já que quando me encontro em situações 'similares' nunca obtenho o mesmo resultado sonoro que nos filmes, mas atribuia esse insucesso às minhas sofríveis 'performances' sexuais. Agora, posso olhar com outros olhos para o acto, sabendo que, afinal, não sou tão sofrível no meu desempenho. Pelo menos dispenso 'efeitos especiais'. Mas, o que faz um sonoplasta na indústria pornográfica? Como no mais badalado filme de acção, usa meios mecânicos e electrónicos para ampliar e até improvisar e melhorar em muito, sons que auxiliam o espectador a embrenhar-se na acção e evoluir na carga dramática da forma que o realizador acha mais conveniente, de forma a que tire o maior partido possível do espectáculo que está a visualizar. 'Gadjets' de borracha, bombas de ar (idênticas às das bicicletas) e até o seu própio corpo servem para criar esse mundo de fantasia sonora que nos encanta e faz sonhar, como os filmes da Disney.

segunda-feira, novembro 07, 2005

O Sistema ainda funciona


Ah, pois é. Um golito mal anulado ao Leiria, um 'penalty' não assinalado contra o Porto, um senhor árbitro auxiliar que na primeira parte saca da régua e assinala (mal) dois foras de jogo ao Nuno Gomes e um ao Leo enquanto que na segunda parte faz vista grossa ao lance do segundo golo do Rio Ave (esqueceu-se da régua quando foi fazer a mijinha da praxe). Petit apenas fez alguma justiça no jogo, já que a justiça inteira seria a vitória do Benfica. Ainda se lembram da semana passada do golo da Naval, em que Fogaça estava fora de jogo e a apenas um metro de distância do auxiliar? Eu admito erros, mas tantos e todos em prejuízo do Benfica é demais. Mas deixem estar, vamos ser campeões.

sexta-feira, novembro 04, 2005

Ai, ai... o nosso amigo Paulinho



PAULO BENTO«Atirem a responsabilidadepara cima de mim» in "A bola" de 05/11/05

Pois é. Coitadito do Paulo Bento. Bem, na verdade ele tem mesmo é cara de vítima. Mas pronto, ó rapaziada! Criticar o jovem treinador é o mesmo que espancar um cego. Ambos não vêm o que fazem, e no caso do paulinho, também não sabe o que diz. Depois de tantos anos de futebol, este rapaz já devia saber que quando um teinador assume as culpas está a pôr-se a jeito para ser corrido. E ele só tem três jogos feitos. Mas é jovem, não pensa. Foi para proteger os miúdos que jogam no sporting que agora parece mais a casa pia. O dom quixote também lutava contra os moinhos, vamos lá ver se não temos outro Peseiro a lutar contra os adeptos. Quantos aos miúdos do Sporting, essa grande instituição (tão grande como a casa pia) vamos lá ver se também não levam (tal como na casa pia) mas agora do União de Leiria.
P.S.- Será que a União tem algum BIBI a jogar????

quinta-feira, novembro 03, 2005

Grande melão


Ontem fomos à Luz e apanhamos, não só chuva, como um balde de água fria. O Nereu esteve mesmo mal, mas pior que ele só o Geovanni. Podíamos e devíamos ter ganho. Agora vamos andar à rasca para passar. Mas isto vem ao encontro da minha corrente de pensamento: prefiro ir para a Taça UEFA, onde podemos chegar longe, do que passar aos oitavos da Liga dos Campeões e ficar por aí, aos pés de um Chelsea, Liverpool ou Barcelona.